Neste último seminário da disciplina Arquitetura Hodierna, tivemos uma idéia dos processos projetuais do arquiteto americano Greg Lynn. O espaço montado para o seminário era uma tenda feita de TNT branco, que recebia os alunos para assistirem uma apresentação no data-show. Dois pontos podem ser observados: um espaço com vedações leves e clean, remetendo à idéia de imaterialidade, característica de processos digitais com os quais Greg Lynn relaciona seus trabalhos. Ou ainda um espaço embrionário, uma tela em branco esperando por intervenções e interatividades de seus usuários, a exemplo do projeto de unidades habitacionais Embryo House.
A seguir, momentos do encontro que fechou a série de reflexões e experimentações semanais sobre formas de pensar a arquitetura dos dias de hoje.
Neste seminário, vimos uma arquitetura com estreitas relações com o desenho. Os espaços criados pelo escritório Coop Himmelb[L]au são extremamente fiéis não só ao projeto, mas aos croquis iniciais de cada idéia. O grupo do seminário criou uma dinâmica espacial da sala com um centro, que tinha o data-show projetando as imagens no teto. Neste centro também havia uma forma baseada no que o grupo do seminário reconheceu por forma recorrente nos trabalhos do escritório de arquitetura pesquisado. Esta forma era constituída por delgadas linhas, cordas finas usadas em varal, além de arame, que se expandiam do centro e se amarravam ao redor da sala. Os alunos sentaram-se nas pranchetas dispostas em círculo, ao redor do centro irradiador de linhas amarelas. Ao final do seminário, foram servidos pasteizinhos de vento, uma metáfora da companhia da nuvem azul. Ou uma metáfora de uma estrutura que por ela só se basta, sem necessitar de recheios? O fato é que os pasteizinhos de vento acabaram-se rapidamente, não restando nenhum para fotografias...
Devido alguns imprevistos de última hora, o grupo responsável pelo tema Asymptote criou um espaço adaptando-se às condições da sala de aula, em um intervalo de tempo bastante resumido. Como foi comentado, mesmo improvisado, o espaço montado mostrou direcionamentos bem claros de organização espacial e de exposição de idéias. No centro, um tótem criado com pranchetas empilhadas era suporte para uma fita contínua de papel cartão, refência à fita de Moebius. A continuidade da "fita" é um conceito que influencia nossas vidas até hoje, partindo das vanguardas modernistas do século XX, ou até bem antes. Mas o tótem também era uma possível leitura do projeto do edifício do Museu Eyebeam, projetado pelo Asymptote. O seminário foi apresentado com dois notebooks, em substituição do data-show, criando uma divisão espacial passando pelo centro da sala, gerando dois grupos de alunos assistindo ao seminário.
O seminário aconteceu na sala do bloco ao lado, onde os alunos responsáveis pelo seminário fizeram uma instalação utilizando caixas de papelão reutilizadas. A montagem do espaço, previamente pensada para o espaço das escadas do bloco das salas de aula, baseou-se nos princípios formais do edifício de habitações WOZOCO's. Outro fator importante para o conceito trabalhado foram imagens do universo pop europeu, que influenciam diretamente o trabalho do grupo. Para isso, utilizaram as caixas de papelão para criar volumes cúbicos que se empilhavam formando uma parede escultórica. Por entre esses volumes, as imagens do seminário eram projetadas, intercaladas por videoclipes de trabalhos do grupo MVRDV.
O seminário foi finalizado com videoclipes de bandas do cenário pop europeu, acompanhados por petiscos e biscoitos natalinos holandeses para degustação.
Como todos perceberam, houve uma demora para postar os links dos próximos seminários. Isso se deve principalmente ao fato da existência de muita informação disponível na internet sobre os temas dos últimos seminários. Basta ir no gooooooogle e digitar os arquitetos e/ou projetos e os links vêm aos montes. Só do Asymptote, por exemplo, têm artigos da Times magazine, do jornal New York Times, artigos em PDF que citam o trabalho do grupo, e assim por diante....
Na aula anterior à semana de arquitetura tivemos dois seminários.
No primeiro, uma instalação inicialmente sombria caracterizava o espaço do seminário sobre Daniel Libeskind. A entrada se dava por um labirinto feito de plástico preto, sujo e com cheio ruim. Com a iluminação estroboscópica, os sentidos espaciais ficavam premeditadamente desorientados, para depois passarmos por tótens brancos, de formas simples. O espaço era claustrofóbico, quente e cheio de fumaça, com uma trilha sonora fúnebre e angustiante. Sensações bastante desagradáveis, mas plasticamente perfeitas para os temas abordados: a nova ala do museu judaico de Berlim (e tudo o que o holocausto pode ter significado) e a remodelação do World Trade Centre, em Nova Iorque.
As projeções das imagens e vídeos foram feitas diretamente na parede, não fugindo da rusticidade ruidosa do tema. O vídeo exibido inicialmente abordava os horrores do holocausto do início do século passado.
Dentre todas essas sensações e informações, fica a reflexão sobre abordagens arquitetônicas de temas e conceitos difíceis e emocionalmente fortes, e como essas abordagens se convertem em espaço construído.
A seguir, temos um trecho do vídeo captado pelo aluno Paulo, onde podemos ter uma lembrança do que foi o espaço com a instalação. Vídeo editado pelo professor.
No seminário seguinte, o tema era o livro S.M.L.XL., sobre a obra do arquiteto holandês Rem Koolhaas. No post abaixo, encontram-se links que informam mais sobre o livro, e sobre os trabalhos do arquiteto. Um dos links é sobre o designer do livro: Bruce Mau. Vale a pena conferir, assim como os outros links.
A seguir, algumas fotos do espaço montado para o seminário, clicadas também pelo Paulo.
Konichiwa gosai masu!!!! A ênfase do seminário desta semana foi a atmosfera oriental: tradição e atualidade convivendo em sintonia. A entrada dava um primeiro indício do espaço: um arranjo silencioso, quase um altar, nos recebia para dentro do espaço do seminário.
O sabor da arquitetura minimalista japonesa também esteve presente: o espaço do seminário foi dividido em duas partes, por uma vedação feita em tubos de papelão, material que nos direciona diretamente aos projetos de Shigeru Ban.
Os alunos se acomodavam sobre um tatame de papelão. O principal material principal utilizado na composição deste espaço foi o papelão. Não sei se todos perceberam essa sutileza: o clima estava frio, com vento, e estavamos sentados no chão, isolados termicamente do frio pelo papelão que estava ao redor e sobre nossos corpos. Talvez seja muito óbvio falar das características de conforto térmico deste material, mas também é inegável que sentimos NA PELE suas propriedades.
O ambiente foi todo iluminado por pequenas velas que boiavam em recipientes de vidro, dispostos seguindo a linha da vedação de papelão. Além de uma postura ecológica do grupo (não utilizar luz elétrica para iluminar o espaço), isso também contribuiu no conforto térmico: mesmo com o vento frio do lado de fora da sala, alguns alunos tiraram as blusas mais pesadas.
O espaço também exibia vários objetos em origami, outra referência à tradição japonesa.
A parte expositiva do seminário se desenrolou em uma das partes do ambiente. Ao final do seminário, os alunos passaram para a outra parte do espaço, onde conversaram degustando petiscos salgados.
O seminário desta semana foi literalmente bem estruturado. A surpresa ao entrar no espaço da sala de aula continuou presente, a exemplo do último seminário. Os alunos se acomodaram sob uma estrutura geodésica para assistir à apresentação. Os responsáveis pelo seminário trajavam terno e óculos escuros: uma imagem que lembrava o filme Men in Black.
Embarcados no interior da 'nave' geodésica, os alunos que assitiram o seminário tiveram o acompanhamento do som do U2, inicialmente, e depois uma trilha jazzística, bem contextualizada historicamente.
A estrutura geodésica que caracterizava o espaço do seminário era formada por triângulos que tinham como hastes tubos de papelão conectadas por porcas e parafusos metálicos. Estrutura que proporcionava muitos ângulos interessantes para fotos.
A montagem do espaço, segundo os alunos responsáveis, iniciou-se por volta das 13h00, contando com a contribuição de alunos de outros grupos (e até de outro período!). Parabéns também pelo fator aglutinador e integrador entre alunos!!
Para finalizar o seminário, os alunos propuseram, de forma muito criativa, um workshop de construção de geodésicas, utilizando canudinhos plásticos e cola de contato. Neste momento, passamos do espaço sob a geodésica para o espaço ao lado, ainda dentro da sala, onde foram distribuídos folders com receitas para construção de vários tipos de geodésicas.
Espaço virtual e colaborativo destinado aos alunos da disciplina Arquitetura Hodierna, Unicep.
Tem como objetivo ampliar as discussões feitas em aula, contando com a colaboração dos alunos e do professor, através de posts e comentários.
