terça-feira, 23 de setembro de 2008

Seminário: Archigram

Esta semana tivemos o primeiro seminário de nossa disciplina: Archigram.
E como é de comum acordo entre todos da turma, o seminário foi bastante empolgante, nos instigando a esperar muita coisa interessante ainda pela frente.

Lembrando que todos os comentários sobre o conteúdo do trabalho foram feitos presencialmente, vemos a seguir algumas imagens do espaço e de alguns momentos do seminário.

Na entrada, os alunos foram recebidos com pequenos buquês de flores (paz e amor!!), que vinham acompanhados por um aroma de incenso, entrando num clima 60'ies.
As alunas do seminário estavam trajadas segundo os modos de vida da década de 1960.






Com os pés descalços, os alunos se acomodavam confortável e livremente em um arranjo multicolorido de tapetes e almofadas (onde também se encontravam vários carrinhos a fricção).


O espaço preparado para o seminário também exibia painéis feitos com colagens de imagens relacionadas ao contexto histórico da década de 1960. Do mesmo modo, a colagem de imagens era amplamente utilizada na produção dos trabalhos do Archigram.










No teto do espaço, cobrindo as luminárias, vários metros de TNT vermelho criavam uma atmosfera instimista e estimulante, além de se referirem diretamente aos projetos do grupo Archigram.

Parabéns ao grupo!


Todas as fotos que fiz do seminário podem ser vistas aqui:
http://picasaweb.google.com.br/arqhod/SeminRioArchigram#


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Lembrete:
Com a mudança de datas, combinamos que teremos dois seminários no mesmo dia:
Shigeru Ban e Daniel Libeskind, no dia 07/10.



postado por:
Marcos M.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Alterações

Pessoal,
devido a palestra que acontecerá nesta terça, o seminário sobre o Archigram fica adiado para a próxima semana, quando conversaremos sobre as mudanças na agenda da disciplina.

Para o pessoal do Archigram, neste link tem uma imagem com texto sobre o Cushicle.
http://www.aq.upm.es/Departamentos/Proyectos/VOV/VIV-ORG/Z-anagilsanz/web%20archigram/THE%20CUSHICLE.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Artes Plásticas e conceitos atuais

A última aula pareceu bastante intensa, cheia de referências.
Mas a idéia principal era entender como ocorreu o processo de desmaterialização do suporte artístico na evolução das artes plásticas durante o século XX.
Assim como mostrar que a imaterialização, ou ainda, a virtualização da experiência humana tende a tomar parte de nossas vidas de forma incontornável.

Falamos das vanguardas do início do século XX, das vanguardas do pós-guerra (1950-60) e do fim das vanguardas a partir dos anos 1970.
Mas sempre ligados aos paradigmas de Castells, discutidos na primeira aula. Durante as últimas aulas, esses conceitos foram abordados sob vários pontos de vista: filosofia, metrópoles, habitação e artes plásticas.


Assim, tivemos como objetivos nesta aula:
. Entender conceitos atuais (paradigmas de M. Castells - ver texto no post da primeira aula), através de um entendimento de sua evolução das artes plásticas durante o século XX;
. Estabelecer relações entre Artes plásticas e as Tecnologias da Informação e Ccomunicação;


Tópicos abordados:


Começo do século XX:
. Vanguardas (avant garde): diversas formas de romper com o contexto histórico em que se inserem.
. As vanguardas Modernas e o conceito de continuidade.
. Arquitetura e artes plásticas: racionalismo e consciência sobre a realidade.
Bibliografia: ARGAN, G. C. 1992. Arte moderna. São Paulo, Companhia das Letras. Capítulo: Consciência e realidade.

Pós-Guerra (1950-60):
As últimas vanguardas:
. Pop-art – Andy Warhol e Lichtenstein - inserção das artes no comércio
. Expressionismo abstrato (concretismo) – Rauschenberg, Pollock - arte como suporte para uma nova realidade. A representação é o real.
. Happening ou performance - Allan Kaprow - O tempo é o suporte da linguagem artística. (link: http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/5422/kaprow.html )
. Minimalismo - Donald Judd e James Turrell - o objeto artístico rompe totalmente com a representação da realidade, criando uma realidade em si, de forma contundente.


Década de 1970:
Anti-arte:
. Grupo Fluxus - site specific (intalação) e performance – hibridização entre espaço+tempo.
. Movimento Punk (resposta à então atual sociedade de consumo) - Malcom McLaren e Vivienne Westwood: estetas responsáveis pelos principais enunciados do movimento punk, além de criar a imagem ruidosa de bandas punk como Sex Pistols.
Posturas observadas: . Anti-globalização; . Anti-homogeneização da cultura;
. Mensagem rápida e negação das técnicas: músicas estruturadas em apenas dois acordes que se repetem; . Do yourself (faça você mesmo o que for consumir)



Década de 1980:
O fim das vanguardas
Novos meios de comunicação se popularizam: TV e videocassete
A década perdida;
Neo-expressionismo no Brasil;

Década de 1990:
Traços de ruptura, comuns nas vanguardas artísticas de todo o século, perdem lugar para as possibilidades de absorção de conteúdos, agora editáveis.
Cultura digital: Novas tecnologias de produção de imagem ampliam as possibilidades de articular conteúdos.

Trecho do texto:
Pimenta, E. D. Arquitetura Virtual. Portugal: Vitruvius, fev. 2001.

“Possuímos uma formidável rede de irrigação sangüínea localizada à frente das nossas retinas. Se pudéssemos ver quando os nossos olhos param, estaríamos perdidos numa rede de sombras e cores mesmo quando os nossos olhos estivessem em movimento – pois a rede de irrigação está sempre parada em relação à retina. Trata-se de um artifício do cérebro sem o qual seríamos praticamente cegos. Assim, os nossos olhos quase nunca param. Realizam mínimos e constantes movimentos de rastreamento, sem que os percebamos. Toda a história da arquitetura desde o mundo Sumério parece estar intimamente relacionada com essa fascinante e sutil capacidade de movimentação ocular – movemos os nossos olhos numa freqüência de cerca de dez vezes por segundo, imperceptivelmente.
Até há pouco tempo a única coisa que fazia com que os nossos olhos parassem era o fogo. Por isso a magia que identificamos nas velas e nas fogueiras. Por isso, desde os mais remotos tempos, usamos velas em rituais e exercícios místicos. Trata-se de uma forma de fazer o olho parar, sem que notemos quando isso acontece.
Mas o fogo era, na sua forma original, demasiadamente efêmero para que pudéssemos operar diretamente com ele. (...) Assim, mesmo após o desenvolvimento da lâmpada elétrica por Edison, o fogo continuava sendo o único meio que substituía eficientemente os imperceptíveis movimentos oculares… até que surgiu o tubo catódico, a televisão.”

Discutimos também características de interfaces comunicacionais como a TV e a tela do monitor.
W. Flüsser (filósofo contemporâneo): novos espelhos midiáticos.


Década de 2000:
Marcos Novak e arquitetura Imaterial: apropriações do espaço virtual.
. Novas e mais potentes tecnologias para produção da imagem.
Arquitetura Líquida: conceito de Pantópico e o que ele comenta sobre The loss of inscription.
(link para o texto: http://www.krcf.org/krcfhome/PRINT/nonlocated/nlonline/nonMarcos.html )

Stephen Perrella - Moebius House: habitação cuja existência se dá apenas em ambiente simulado, virtual. Constitue-se por uma membrana que recombina continuamente interior e exterior.
Link: http://architettura.supereva.com/extended/19981201/index_en.htm


Lee Bull - artista plástica coreana que trabalha com técnicas milenares (como a cerâmica) para a produção de esculturas de cyborgs.

(o site da artista está em construção.... mas o link é este: http://www.leebul.com/ )




Postado por Marcos Marchetti